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A Medida Provisória 1154/2023 que ‘Estabelece a organização básica dos órgãos da Presidência da República e dos Ministérios’ foi aprovada pelo Senado Federal nesta última quinta-feira (01/06/2023) com 51 votos a favor, 19 contra e uma abstenção. Confira os votos dos senadores.

O primeiro indício de resistência à aprovação do texto ocorreu na votação na Câmara dos Deputados, no dia 31/05: O placar de 337 votos a favor, 125 contra e uma abstenção expôs a fragilidade do novo governo e evidenciou a necessidade de melhorar a relação política entre as partes. Confira os votos dos deputados.

A aprovação da MPV 1154/2023 em seu último dia de vigência destacou a dificuldade do Planalto em viabilizar a aceitação da Medida por parte do Congresso Nacional. A estrutura do terceiro mandato presidencial de Lula (PT) apresenta um total de 37 ministérios, 17 a mais que a gestão anterior de Jair Bolsonaro (PL).

Os Ministérios aprovados na Medida Provisória 1154/2023 são:

  • Agricultura e Pecuária;
  • Cidades;
  • Cultura;
  • Ciência, Tecnologia e Inovação;
  • Comunicações;
  • Defesa;
  • Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar;
  • Integração e do Desenvolvimento Regional;
  • Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome;
  • Direitos Humanos e da Cidadania;
  • Fazenda;
  • Educação;
  • Esporte;
  • Gestão e Inovação em Serviços Públicos;
  • Igualdade Racial;
  • Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços;
  • Justiça e Segurança Pública;
  • Meio Ambiente e Mudança do Clima;
  • Minas e Energia;
  • Mulheres;
  • Pesca e Aquicultura;
  • Planejamento e Orçamento;
  • Portos e Aeroportos;
  • Povos Indígenas;
  • Previdência Social;
  • Relações Exteriores;
  • Saúde;
  • Trabalho e Emprego;
  • Transportes;
  • Turismo;
  • Controladoria-Geral da União.

Os órgãos com status de Ministério são os seguintes:

  • Casa Civil da Presidência da República;
  • Secretaria das Relações Institucionais da Presidência;
  • Secretaria-Geral da Presidência;
  • Secretaria de Comunicação Social;
  • Gabinete de Segurança Institucional (GSI); e
  • Advocacia-Geral da União (AGU)

Fonte: Agência Senado

Principais Mudanças

Dos 37 Ministérios aprovados pela MP, 13 já existiam; 19 surgiram de desmembramentos de outros Ministérios, 2 foram renomeados, e 3 foram criados.

Os destaques da nova organização são:

  • - Desmembramento do Ministério da Economia: 

O Ministério da Economia foi desmembrado em quatro pastas: Fazenda, Planejamento e Orçamento, Gestão e Inovação dos Serviços Públicos, e Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) voltou a fazer parte das atribuições do Ministério da Fazenda depois de passar pelo Ministério da Justiça e pelo Banco Central.   

  • - Nova atribuição à Controladoria-Geral da União:

A Controladoria-Geral da União (CGU) recebeu a atribuição de analisar a evolução patrimonial dos agentes públicos federais, e caso identifique indícios de enriquecimento ilícito, poderá instaurar sindicância patrimonial ou processo administrativo disciplinar para averiguar possíveis casos de evolução patrimonial incompatível.

  • - Recriação do Ministério da Cultura: 

Extinto no governo de Jair Bolsonaro, o Ministério da Cultura foi recriado com a finalidade de elaborar políticas nacionais de cultura e artes, zelar pelo patrimônio histórico, artístico e cultural, e proteger direitos autorais.

  • - Recriação da Funasa:

A Funasa (Fundação Nacional da Saúde) é uma fundação pública federal vinculada ao Ministério da Saúde. No dia 1º de janeiro, o governo Lula havia decidido pela extinção do órgão e distribuiu suas atribuições entre os ministérios da Saúde e das Cidades. Durante a deliberação na Câmara dos Deputados, os parlamentares aprovaram a recriação da Funasa.

  • - Criação do Ministério dos Povos Indígenas:

O Ministério dos Povos Indígenas será o primeiro na história da política nacional a ser dedicado exclusivamente às demandas indígenas. A Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas), que havia perdido forças no governo anterior, e o CNPI (Conselho Nacional de Política Indigenista), que havia sido extinto na última gestão, voltam a integrar a pauta de inclusão de representantes indígenas na formulação e decisão de políticas públicas.

Repercussão da Aprovação

Apesar de aprovada no dia 01/06/2023, a MPV 1154/2023 causa divergência entre os integrantes do Congresso Nacional.

Alguns parlamentares manifestaram suas opiniões nas redes sociais:

O Deputado Federal Emanuel Pinheiro Neto (MDB-MT) demonstrou apoio à aprovação da Medida em um post no Twitter:

Já o Deputado Federal Jefferson Campos (PL-SP) declarou sua opinião contrária: 

O presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira, que já havia destacado a ‘insatisfação generalizada’ dos parlamentares com relação à falta de articulação política do governo, reafirmou a importância em estabelecer uma base mais sólida no Congresso Nacional, em entrevista ao canal CNN Brasil na manhã desta segunda-feira (05/06):

O presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira, em entrevista ao canal CNN Brasil: Lira diz que governo precisa fortalecer sua base no Congresso - 05/06/2023 - YouTube

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Layane Monteiro
Analista Política e Criadora de Conteúdo Nomos
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